Nos alicerces do mais profundo e longínquo espírito meu, reside um sentimento de formas e proporções que nenhum ser neste mundo pode denominar como um ou outro, porque o mesmo são dois, e sendo juntos um só, me faz sentir a dor da raiva e o prazer da felicidade. Este híbrido incógnito consegue deixar-me confuso, e nesta confusão que gira meu mundo, modificando meus humores, eu me apaixono por ele, assim como eu o odeio. A saudade que chega com as músicas antigas, com os cheiros de outrora, apertam ainda mais aquilo que chamam de coração. Neste mar de fúria, banhado com os raios de sol da mais alta felicidade, eu avistei uma ilha. Pensei: “Acabou, acabou a transição de humores, as tempestades violentas e as tormentas”. Acabou, chegou a era de um, apenas um dominar, deixando de ser um híbrido, e sendo único como ele deve ser: a felicidade.
por Ronaldo Filho
6º Texto de 2010
(1ª re-postagem )
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