Outras Histórias

15 de maio de 2010

13º Texto - THE SEVEN DEADLY SINS

ORGULHO

Com a cabeça erguida, olhar firme e satisfeito, ele se vangloria de seus feitos. Anda com o nariz empinado, seu jeito de andar é cínico. Veste-se como um burguês pomposo, esbanjando muitas riquezas, esnobando quem passa por seu caminho.

INVEJA

Seus olhos são semicerrados e conspiram contra o vizinho, olhando o que ele tem, como se veste e, como se não bastasse, ainda fuxica pelos cantos, praguejando as conquistas do próximo. Ele anda curvado, observando tudo escondido, e quanto mais conquistas, mais seu coração é apertado por uma raiva inexplicável, mas este nada faz por merecer.

IRA

Suas sobrancelhas são cerradas, seu olhar indica fúria. Ele guarda rancor e não perdoa, não se livra deste sentimento. Destrói tudo com facilidade, e um simples ato o deixa furioso. É impulsivo e destrutivo, louco e insano. Veste trapos e se arrasta pelos cantos, e tudo o que ele acumula é o peso do ódio em seu coração.

INDOLÊNCIA

Ela pisca lentamente, olha de um lado, vê uma situação e nada faz. Vê uma oportunidade e deixa para o amanhã, que pode nem chegar. Quando lhe pedem um favor, ele diz que depois fará, ou assim que puder. Não consegue buscar coragem porque nos seus alicerces só há o peso da vagabundagem. Fica sentado todo o dia, olhando e observando. Pode desabar o mundo que ele nada fará.

AVAREZA

Desesperada, só sabe acumular seus ganhos, não reparte o pão com os irmãos, guarda apenas para si, mesmo que se perca com o tempo, mesmo que apodreça, porque para ela, o importante é manter apenas em suas mãos e nunca dividir, nunca compartilhar. A verdadeira tolice, nada mais que um sentimento único, como quem olha apenas para seu umbigo e 'lasquem-se' os outros.

GULA

Quer sempre mais, nunca estará satisfeita até que tenha cada vez mais, o tudo é nada, e o nada é a necessidade de ter mais, e a necessidade de ter mais fica sempre pouca. Ela busca, sempre busca aquilo que quer, mas quando obtêm, quer mais. É gorda e insatisfeita. Pobre coitada.

LUXÚRIA

A última. Tem o corpo esbelto, perfeito, cabelos lisos, longos e negros. A perfeita beleza esculpida em uma casca, apenas uma criatura oca e, acima de tudo, superficial. Não se importa com o mundo, se importa com a aparência, quanto maior sua beleza, maior o ego, maior a vontade de ser a perfeição, quando nada mais é que a pura imperfeição, oca, vazia e insignificante, insustentável e dependente.


por Ronaldo Filho
13º Texto de 2010

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