Outras Histórias

19 de dezembro de 2010

23º Texto - Sonhos e Realidade (O último de 2010)

Sonhos e Realidade

Uma vez eu sonhei que estava sozinho. Não tinha nenhuma pessoa na face da Terra. Era um final de tarde nublado. O silencio era aterrador. Tomei aquilo como sendo o fim do mundo, o final dos tempos. Estava em um descampado com vegetação rasa e uma trilha que descia numa leve elevação. Árvores estavam ao fundo, e o céu nublado estava prestes a descarregar uma chuva. Acordei...

Certa vez sonhei que estava em um final de tarde, o sol era quente, porém agradável. Estava em um carro numa rodovia que se punha em uma ponte que atravessa uma cidade. Paralelo à rodovia, uma enorme edificação como um castelo era banhado por este sol. A rodovia estava cheia, muito cheia e movimentada. E como todo sonho tudo é possível, algumas aeronaves de leve porte zanzavam por ali. Repentinamente, um momento em que estava no carro, no outro estava num destes pequenos aviões, rodeando esta edificação. Eu sentia que aquele dia era legal, mas pressentia que era o fim dos tempos também. Em seguida, acordei...

Outro sonho, eu estava em mais um final de tarde, como se minha vida resumisse em ‘finais de tarde’ com belos pores-do-sol. Estava em uma cidade quente, como o sonho da rodovia e da edificação. Porém eu estava em uma das ruas do centro, observando os prédios, que eram poucos. Estava em uma banca de revistas apenas sapeando. As ruas estavam movimentadas, como qualquer centro de cidade. Eu olhei uma janela de um prédio e depois vi o sol. Sentia também que algo estava chegando ao fim. Acordei...

Em outro sonho com mais um final de tarde, eu estava diante de um prédio, e nele tinham algumas plantas no térreo, e o prédio tinha portas de vidro. Fora o prédio, tudo ao meu redor era plano, as casas estavam onde deveriam estar. Porém, num piscar de olhos, eu me vi na beira de um rio, longe do prédio em que havia visto. Havia uma camionete. Eu estava acompanhado de alguém, não fazia idéia de quem era. Talvez não porque a pessoa era importante ou porque eu a odiasse, mas simplesmente não tinha nenhuma distinção para mim. Não sei como, mas uma onda se aproximou, então usamos esta camionete para chegar ao prédio. Quando chegamos, subimos até o último andar e observamos a magnitude desta onda se chocar contra o prédio, que nada sofreu. Carregava comigo o mesmo sentimento de que algo estava acabando, de que algo chegava ao fim. Acordei...

Noutro sonho, a mesma onda veio com a mesma força, porém eu estava a pé, e havia prédios em construção. A onda se chocava entre os prédios, me perseguindo. Mas não me sentia assustado com aquilo. Misteriosamente eu cheguei a uma casa e nela havia árvores ao redor, e quando olhei a onda simplesmente perdera a força e desaparecera. A sensação de que algo se aproximava do fim ainda estava comigo. Acordei...

Todos estes sonhos eu simplesmente tive ao longo de minha vida. E sempre temi pelo final dos tempos, e ainda temo de certa forma. Mas hoje percebi que não se tratava literalmente do final dos tempos. Porque os sonhos nos pregam peças, e minha mãe sempre diz que, de cada vinte sonhos, talvez um ou dois pudesse ser significativos. O final, porém, de que tanto sonhava, era o final de um ciclo em minha vida, o final de um mundo só meu, e que outro estava para começar. Mas deste novo mundo, desta nova vida, nada sei, pois nenhum sonho me mostrou sobre ele, e se tive algum sonho sobre ele, eu não sei dizer... Ainda. Para finalizar este texto que não estava na minha programação para este ano, eu digo que todos os lugares que eu sonhei e que foram ditos acima, todos eles, existem, e todos eles estão no lugar onde estou.
Para o próximo ano, decido planejar não planejar, e sim traçar metas na presença do Senhor.

Por Ronaldo Filho, 04 de dezembro de 2010. Texto escrito às 11h30min.

Agradeço a Deus pela minha família, que sempre esteve do meu lado; minha Mãe, que é a minha Matriarca, pessoa que sempre me aconselhou e apoiou minhas idéias, bem como meu Pai, o Patriarca, guerreiro e batalhador, alguém que eu realmente tomo como inspiração, e minha irmã, que sempre está ao meu lado nos piores e melhores momentos, a Princesa de Deus.
Rogério, agradeço pelas palavras que trocamos, você realmente disse coisas magníficas sobre Deus que com certeza vão mudar a minha vida.
Rafael e Liz, agradeço a presença de vocês em minha vida.

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