E se a vida fosse um jogo?
E se cada passo ou caminho a tomar fosse uma quantia apostada?
Então, um bom jogador não aposta valores altos quando ele está ganhando. Ele é sábio, joga conforme dita a regra e não se exalta.
Já dizia um escritor*: "A Violência é o último refúgio do incompetente."
Sendo um sábio, por que ele arriscaria tão alto? E no desespero, partir para o último ato o tornaria um incompetente?
Às vezes a vida nos deixa certas surpresas inesperadas. Por vezes nós a abrimos, por outras ignoramos e nem percebemos. Estas surpresas podem ser a cartada final para uma vitória gloriosa.
Neste jogo complexo, nunca se está fora do jogo, a não ser quem já não vive. Você pode ficar fora de uma rodada importante ou sair desta para uma outra mesa, algum outro lugar onde o jogo é mais excitante.
Hoje deixei um blefe, uma iniciativa deveras perigosa, que pode mudar o curso de toda a minha vida. Embora eu tenha medo, sei que, mesmo desistindo de uma rodada em que estou ganhando, sei que serei feliz se dela sair.
De que adianta viver um jogador com um coração triste?
Talvez seja hora de encarar outra realidade, outros horizontes.
Ou melhor...
"Outras mesas!"
por Ronaldo Filho
* A frase é de um livro de Isaac Asimov, Fundação, da Trilogia da Fundação, em que Hari Seldon relata que a violência é o último refúgio, o último ato de um incompetente.
Eu espero que ninguém esteja apostando em mim... odeio ter que tirar satisfação ¬¬
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