Outras Histórias

4 de setembro de 2011

??º Texto de 2011 - Ingênuo

Minha mente, outrora fértil e sóbria, me mostrava a simplicidade das coisas, a pureza da vida em cada gesto pequeno.
Uma vez mergulhando nas sombras, foquei minha atenção nas coisas como um todo, e vi o quão inocente eu era. Certo de que estava trilhando o caminho que me levaria à glória, coloquei um sorriso no rosto e segui, arrogante, estúpido, nervoso e sem a menor noção de quão frágil as pessoas são, e muito menos que as palavras ferem mais que dois punhos fechados numa seqüência de golpes violentos. Antes que eu pudesse notar a grande vala que me aguardava, eu notei que muitos se afastavam de mim. Notei que estava me tornando o antagonista de minha própria história.
Não mais surpreso pelos meus atos, acalmei minha mente em busca de respostas, em busca de tranquilidade. Ingênuo, claro. Me deixei levar pelas mãos inimigas e me entreguei aos sentimentos impuros e feri as pessoas que mais amo. Pedindo perdão, tendo como resposta a compreensão, retornei ao lar, retornei à jornada de antes, onde tudo era simples, honesto e feliz.
Seguir o caminho imposto pela sociedade pode ser cruel; mais para o seu coração e alma do que para as pessoas ao seu redor.

por Ronaldo Filho


(ainda organizando os textos, então este fica sem numeração, como tantos outros)

4 comentários:

  1. Eu posso ter muito que aprender...mas não vou desviar do caminho que tomei...não agora.
    Hum... Esse texto parece ter um toque de realidade. O que o levou a repensar nos seus atos? Só por curiosidade...se quiser não precisa responder.

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  2. Sim, este teve. Sem problemas em responder, afinal, compartilhar experiências de vida é sempre muito útil, muito interessante além de ser um grande aprendizado.
    A vida em si é uma grande escola!

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  3. Querido... (vc sabe que é muito querido?)
    Afinal de contas, vc descreveu alguém ou alguma situação real nesse texto? (... por nada nãooo, mas me vi ali, em cada palavra, em cada descrição, poxa...!!!)

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  4. E, eu descrevo o que passo em forma de poemas. Acho que é um meio interessante de estudar o meu interior e dividir com as pessoas aquilo que se passa ao meu redor.

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