Minha mente, outrora fértil e sóbria, me mostrava a simplicidade das coisas, a pureza da vida em cada gesto pequeno.
Uma vez mergulhando nas sombras, foquei minha atenção nas coisas como um todo, e vi o quão inocente eu era. Certo de que estava trilhando o caminho que me levaria à glória, coloquei um sorriso no rosto e segui, arrogante, estúpido, nervoso e sem a menor noção de quão frágil as pessoas são, e muito menos que as palavras ferem mais que dois punhos fechados numa seqüência de golpes violentos. Antes que eu pudesse notar a grande vala que me aguardava, eu notei que muitos se afastavam de mim. Notei que estava me tornando o antagonista de minha própria história.
Não mais surpreso pelos meus atos, acalmei minha mente em busca de respostas, em busca de tranquilidade. Ingênuo, claro. Me deixei levar pelas mãos inimigas e me entreguei aos sentimentos impuros e feri as pessoas que mais amo. Pedindo perdão, tendo como resposta a compreensão, retornei ao lar, retornei à jornada de antes, onde tudo era simples, honesto e feliz.
Seguir o caminho imposto pela sociedade pode ser cruel; mais para o seu coração e alma do que para as pessoas ao seu redor.
por Ronaldo Filho
(ainda organizando os textos, então este fica sem numeração, como tantos outros)
Eu posso ter muito que aprender...mas não vou desviar do caminho que tomei...não agora.
ResponderExcluirHum... Esse texto parece ter um toque de realidade. O que o levou a repensar nos seus atos? Só por curiosidade...se quiser não precisa responder.
Sim, este teve. Sem problemas em responder, afinal, compartilhar experiências de vida é sempre muito útil, muito interessante além de ser um grande aprendizado.
ResponderExcluirA vida em si é uma grande escola!
Querido... (vc sabe que é muito querido?)
ResponderExcluirAfinal de contas, vc descreveu alguém ou alguma situação real nesse texto? (... por nada nãooo, mas me vi ali, em cada palavra, em cada descrição, poxa...!!!)
E, eu descrevo o que passo em forma de poemas. Acho que é um meio interessante de estudar o meu interior e dividir com as pessoas aquilo que se passa ao meu redor.
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