Tudo estava escuro.
Ele abriu os olhos e percebeu que estava à sombra de um grande prédio de vidro que espelhava perfeitamente o céu azul daquele meio-dia. A altura dele era impressionante, parecia tocar o céu! As ruas estavam cheias de carros, pessoas e o som emitido era tão nítido que parecia estar uma sala de cinema.
Olhando seu reflexo no vidro, o homem notou que seu reflexo era impecável, terno preto e gravata vermelho-sangue. Vermelho-Sangue? Pensou ele. Logo veio à mente que ele tinha um encontro. Mas não se lembrava sobre o que era, nem com quem e muito menos onde.
O quê, quem e onde eram fragmentos perdidos.
Andando pela calçada, passando entre as pessoas que pareciam não ter rumo, ele notou que o azul do céu era esplendido. Naquele momento ele se lembrou de quem! Ficou tonto, escorou em uma parede de vidro espelhado, se assustou ao olhar no reflexo e, por um segundo, ver o seu corpo todo machucado. Ficou perplexo, então se afastou ao ver que poderia ser ilusão.
Quem? Quem era esta pessoa? Ele sentiu que era uma presença feminina. E quando parte da face da moça se revelou em sua mente, um estalo soou por todo o ambiente. Ele olhou para cima e viu que o prédio espelhado estava se quebrando, e logo o céu começou a apresentar rachaduras, como se todo ele fosse uma cúpula. O chão tremeu, as pessoas pareciam ignorar, os carros perdiam o controle mas inexplicavelmente não se chocavam.
Uma grande lasca do céu azul caiu, mergulhou no centro da rua, e o chão quebrou como se fosse uma fina película de vidro. As pessoas caíram, mas pareciam bonecos, pareciam não ter alma.
Neste grande buraco aberto pelo pedaço do céu que caíra, uma enorme escuridão era vista, e o homem, que não se lembrava nem do próprio nome, caiu e voltou a se encher de agonia enquanto a escuridão o dominava mais uma vez.
por Ronaldo Filho
Nossa! O.O
ResponderExcluir#TodasEsperaOPróximoCapítulo
Muito bom mesmo.
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