Batalhas Imaginárias

Infância - aos olhos de um adulto

Pegou um copo de leite, guardou a caixa na geladeira e fechou aquela imensa porta branca. Depois de tomar todo o leite, colocou o copo na pia, andou arrastando a meia e desligou o interruptor. A única luz restante era a de seu quarto, logo ali. Caminhou sonolento, esfregando os olhos naquela madrugada. Entrou no quarto, fechou a porta, desligou o interruptor novamente e deitou-se na cama, cobriu-se com o cobertou, e dormiu!

Infância - aos olhos da própria criança

Tomou sua bebida rara, que lhe daria forças para continuar a lutar naquele terrível castelo. Colocou a caixa no grande baú branco, na esperança de que seus aliados pudessem encontrá-lo. Jogou a taça fora. Para não deixar vestígio para que seus inimigos o seguissem, apagou todas as tochas e deixou o ambiente mais escuro que um calabouço. Andou silencioso até sua base, para que não despertasse os inimigos, para que não chamasse a atenção deles. Ele seguiu o único rastro de luz deixado por uma tocha, em sua base. Ao chegar lá, trancou sua base, fechando os portões de madeira, depois apagou a tocha e se cobriu com seu manto protetor, fechou os olhos e ingressou numa grande aventura!

por Ronaldo Filho