Outras Histórias

29 de agosto de 2013

Bem vindos ao Fim de Tudo!

Os humanos tem uma necessidade estranha de impor regras para descumprir. Às vezes eles traçam uma linha de vida para diferenciar as classes e como se não bastasse ainda cospem um na cara do outro e chamam isso de protesto. Diferente a maneira que eles deturpam os valores que um dia seus ancestrais pregaram com tanto louvor. Claro que o tempo muda o homem. Essas mudanças são passíveis de culpa, guerra, mortes e fome. Assim como é passível de resultados maravilhosos. Sim! Resultados estes que de tempos em tempos são destruídos e depois reconstruídos. Mas cada vez os resultados maravilhosos se tornam menores.
Hipocrisia. Sociedade que prega valores reversos que assassinam os costumes de uma época próspera. Tolos humanos que não entendem a si próprios e acham que se organizar para dizimar classes resolverá seus problemas internos. Vivemos um tempo em que os reis moram nas barrigas erradas, onde os homens abraçam a morte como brincadeira, onde o tapa na cara da moral de um homem é motivo de guerra e caos, desgraça e dor, violência e morte.
Revertendo os valores, a humanidade se dirige para um caminho abaixo de seus próprios pés, mas não muito abaixo, apenas sete palmos!

por Ronaldo Filho

26 de agosto de 2013

Viver...

Estamos sempre pensando como será o amanhã. Nos preocupamos com o que será de nossas vidas. Às vezes morremos por antecipação, traçando planos, evitando o desconforto, manipulando o caminho quando na verdade só precisamos de uma coisa, que ninguém dá valor: VIVER.

por Ronaldo Filho

And if all this is a dream within a dream?

And if all this is a dream within a dream?

Dream is collapsing!!!
Returning layer by layer!!
Each jump a stunner!

The reality is that enough?
Are you ready to face it?
And now you know it's not a dream anymore, what will you do?

by Ronaldo Filho

13 de agosto de 2013

Kartok - Torre de Noelstrom

3
O alvorecer nunca foi tão marcante para o jovem com uma cicatriz no rosto, resultado de um golpe que quase lhe arrancou o olho direito. No topo da Torre de Noelstrom, este jovem observava o horizonte enquanto o sol ganhava altitude. Ele estava todo coberto por peles de animais, ali ventava frio. Carregava consigo um livro grande, revestido com madeira vermelha e estava lacrado. Suas páginas eram feitas de couro amarelado, isso o jovem podia perceber. Ele não sabia os símbolos, não entendia como as pessoas se comunicavam com aqueles estranhos traços a que chamavam de escrita. Nunca tivera contato com um livro antes, mas aquele lhe pareceu um objeto demasiado interessante. Observou o horizonte e se levantou, desceu um lace de escadas e num salão ele guardou o livro, dentro de um baú. Aquela era sua torre. Ele observava tudo o que se aproximava, e quem quer que tocasse nas paredes daquela torre, estaria com os dias contados. O jovem subiu o lance de escadas e lá de cima, do topo, observou que um grupo de criaturas imundas e baderneiras se aproximava da entrada da torre. Franziu o cenho, fechou os punhos, e seu olhos negros ficaram vermelhos como o fogo. Uma das criaturas, que pareciam orcs, começou a bater fortemente nos portões da Torre de Noelstrom. Então o jovem saltou do topo da torre, gritando ferozmente. Na metade do caminho, ele se enche de chamas e um gigante ígneo apareceu em seu lugar. Ao cair entre os orcs, um estrondo seguido de um barulho atormentador dominou o ambiente. Orcs voaram em chamas de um canto a outro, outros fugiram e os que ficaram, agora eram cinzas.

por Ronaldo Filho

  1. O Cavaleiro e os Ossos de Diamante
  2. A Arqueira e a Flauta dos Mortos
  3. Torre de Noelstrom

9 de agosto de 2013

Eu... Você - Parte 02

~Eu... Você~

Segue abaixo a segunda parte do conto em construção em parceria com Carolina Gama! Acompanhe também em seu blog:

3 – CHUVA E PRAÇA

Lembro-me de quando a vi pela primeira vez, Rachel. Foi como uma luz entre as trevas daquele dia. Os colunistas levantaram uma queixa contra um político e eu me recusei a fazer o mesmo. Fui praticamente ignorado desde então e rebaixado a escrever colunas sobre assuntos populares e acontecimentos fulos. Já fazia três meses desde que isso aconteceu. Naquela tarde, a chuva caía fina e preguiçosa. Quando já não me aguentava mais, eu simplesmente desliguei o computador, peguei meu casaco e saí.
Embora a chuva fosse daquelas intermináveis e finas, o sol aparecia entre as nuvens, um espetáculo exuberante da natureza. Não me importei em deixar as gotas caírem em cima de mim. Mas foi libertador tomar aquele banho natural enquanto eu cruzava a praça. Sentei num banco, molhado, mas não me importava.
O vento balançava as folhas, os galhos, espalhando aquelas grandes gotas geladas acumuladas. Os pássaros não paravam de cantar como que em agradecimento por aquela maravilhosa chuva. Eu poderia cantar também, mas sou péssimo, então fechei meus olhos e encostei a nuca no banco.
Parecia tudo tão tranquilo, até que escutei passos e com ele uma doce voz:
- Que dia maluco! Uma hora chove, uma hora faz calor.
Aquele anjo sentou ao meu lado. Olhei para ela, cabelos presos e molhados, assim como a dona deles.
- Oi! Sou Rachel!
Fiquei alguns segundos pasmo. Por que ela estava puxando conversa?

Por Ronaldo Filho
  
4 – SORRISO

Eu não sabia o que dizer. Você, sentado e deixando a chuva cair, me lembrou de quando eu desobedecia meus pais e saía na chuva quintal afora.
Naquela manhã tudo correu bem, até que uma de minhas pacientes resolveu falar dos sentimentos que reprimia e me ocupou por mais de uma hora. Sei que é meu trabalho, eu adoro, mas confesso que me irritei com ela. Fora isso, eu estava bem. Já tinha planejado um bom filme e um bom jantar para quando chegasse em casa, mas não antes de passar na sorveteria da esquina. O dia estava tão bonito, achei que daria um perfeito dia de preguiça.
Depois de marcar mais algumas consultas, sentei em minha mesa e concluí que ao menos por um dia eu deveria tentar não ser a especialista. Eu acho interessante como consigo usar de clareza nas situações alheias e não consigo ser clara comigo mesma. E então meu celular tocou, o telefone do consultório tocou e aquele barulho todo me fez apagar a luz e sair.
Eu não reparei na chuva até que deixei o consultório. E também não pensei em pegar minhas chaves antes de sair. Você sabe como eu não sou precavida em relação ao guarda-chuva. Notei quando você encostou a cabeça no banco porque você foi a primeira coisa que eu vi. Mas foi estranho, porque me perguntei o motivo de você estar sozinho, ao invés de apressar o passo. Talvez eu estivesse trabalhando demais.
Ainda bem que você riu de mim quando eu falei sozinha. Acho que resolvi ser simpática com um estranho porque ele estava na mesma situação que eu, molhado e perdido. E, é claro, porque ele tinha um sorriso lindo.


Por Carolina Gama  

30 de julho de 2013

Enxergando o Caminho

Foi como um relâmpago!
Depois eu abri os olhos e vi que o doce era veneno, que as árvores floridas eram apenas galhos secos, que a luz era artificial e que havia uma densa névoa sombria numa trilha confusa.
Medo? Pra que medo quando cumpri o passo mais importante que foi abrir os olhos?
Agora é usar minha força para sair deste lugar. A luz que rege em meu coração e aumenta minha fé me ajudará a sair deste lugar.
Será como uma explosão quando finalmente eu tirar os meus pés daqui!
tic-tac tic-tac, assim faz o relógio
tic-tac tic-tac, é só uma questão de tempo
por Ronaldo Filho

29 de julho de 2013

Um ticket para o passado

E quem não gostaria de comprar um ticket para os velhos tempos? Às vezes as situações são mais ferozes e violentas que parecem nos intimidar, parecem nos fazer recuar. Enfrentá-las é a única solução, mas o desgaste é tanto que desejamos lugares tranquilos, e então pensamos em quando não tínhamos que nos preocupar, quando éramos encarregados de sermos apenas 'inconsequentes'.
É de perder a cabeça! A vontade de regressar até uma época distante e cheia de lembranças boas é muito grande. Mas a mente é fértil e a viagem de volta é impossível.

Resta-nos as lembranças...

por Ronaldo Filho

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