Perdido entre a razão e a insanidade, eu descobri que sou só mais ‘um’, apenas mais ‘um grão de areia’ num ‘mundo’ grande e injusto, sádico e perverso. Este é o meu defeito, achar que as coisas têm que ser do meu modo, ou que tudo o que quero esteja pronto em minhas mãos. E o que eu fiz a vida inteira? Enganar a mim dizendo que o ‘mundo’ estaria sempre ao meu lado. Inocente, um perfeito tolo e inocente. O mundo olha características, formalidades; cobiça aqueles que podem pagar ou oferecer mais. Aqueles com ‘dons’ puros, ou que 'acham' que tem, são logo descartados por falta de características como estas. Não, eu não tenho as características, mas as ofertas para obtê-las estão ao meu lado, na minha frente, virando a esquina, onde quer que eu vá, ‘ele’ está me oferecendo o que preciso para ser aceito neste ‘mundo’, e como já não tenho a paciência de outrora, eu simplesmente quero que se exploda, que simplesmente desapareçam. Esses ‘mercadores’ que voltem de onde vieram, e que o ‘mundo’ abra os olhos, pois ‘quem oferece demais’, um dia não terá para oferecer, e ‘quem paga demais’, um dia fica sem condições de pagar. E quem o ‘mundo’ irá recorrer? A nós? Meros e simples humanos com ‘dons’ honestos?
por Ronaldo Filho
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