Outras Histórias

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17 de outubro de 2011

6º Texto - HÍBRIDO

Nos alicerces do mais profundo e longínquo espírito meu, reside um sentimento de formas e proporções que nenhum ser neste mundo pode denominar como um ou outro, porque o mesmo são dois, e sendo juntos um só, me faz sentir a dor da raiva e o prazer da felicidade. Este híbrido incógnito consegue deixar-me confuso, e nesta confusão que gira meu mundo, modificando meus humores, eu me apaixono por ele, assim como eu o odeio. A saudade que chega com as músicas antigas, com os cheiros de outrora, apertam ainda mais aquilo que chamam de coração. Neste mar de fúria, banhado com os raios de sol da mais alta felicidade, eu avistei uma ilha. Pensei: “Acabou, acabou a transição de humores, as tempestades violentas e as tormentas”. Acabou, chegou a era de um, apenas um dominar, deixando de ser um híbrido, e sendo único como ele deve ser: a felicidade.

por Ronaldo Filho
6º Texto de 2010

(1ª re-postagem )

19 de dezembro de 2010

23º Texto - Sonhos e Realidade (O último de 2010)

Sonhos e Realidade

Uma vez eu sonhei que estava sozinho. Não tinha nenhuma pessoa na face da Terra. Era um final de tarde nublado. O silencio era aterrador. Tomei aquilo como sendo o fim do mundo, o final dos tempos. Estava em um descampado com vegetação rasa e uma trilha que descia numa leve elevação. Árvores estavam ao fundo, e o céu nublado estava prestes a descarregar uma chuva. Acordei...

Certa vez sonhei que estava em um final de tarde, o sol era quente, porém agradável. Estava em um carro numa rodovia que se punha em uma ponte que atravessa uma cidade. Paralelo à rodovia, uma enorme edificação como um castelo era banhado por este sol. A rodovia estava cheia, muito cheia e movimentada. E como todo sonho tudo é possível, algumas aeronaves de leve porte zanzavam por ali. Repentinamente, um momento em que estava no carro, no outro estava num destes pequenos aviões, rodeando esta edificação. Eu sentia que aquele dia era legal, mas pressentia que era o fim dos tempos também. Em seguida, acordei...

Outro sonho, eu estava em mais um final de tarde, como se minha vida resumisse em ‘finais de tarde’ com belos pores-do-sol. Estava em uma cidade quente, como o sonho da rodovia e da edificação. Porém eu estava em uma das ruas do centro, observando os prédios, que eram poucos. Estava em uma banca de revistas apenas sapeando. As ruas estavam movimentadas, como qualquer centro de cidade. Eu olhei uma janela de um prédio e depois vi o sol. Sentia também que algo estava chegando ao fim. Acordei...

Em outro sonho com mais um final de tarde, eu estava diante de um prédio, e nele tinham algumas plantas no térreo, e o prédio tinha portas de vidro. Fora o prédio, tudo ao meu redor era plano, as casas estavam onde deveriam estar. Porém, num piscar de olhos, eu me vi na beira de um rio, longe do prédio em que havia visto. Havia uma camionete. Eu estava acompanhado de alguém, não fazia idéia de quem era. Talvez não porque a pessoa era importante ou porque eu a odiasse, mas simplesmente não tinha nenhuma distinção para mim. Não sei como, mas uma onda se aproximou, então usamos esta camionete para chegar ao prédio. Quando chegamos, subimos até o último andar e observamos a magnitude desta onda se chocar contra o prédio, que nada sofreu. Carregava comigo o mesmo sentimento de que algo estava acabando, de que algo chegava ao fim. Acordei...

Noutro sonho, a mesma onda veio com a mesma força, porém eu estava a pé, e havia prédios em construção. A onda se chocava entre os prédios, me perseguindo. Mas não me sentia assustado com aquilo. Misteriosamente eu cheguei a uma casa e nela havia árvores ao redor, e quando olhei a onda simplesmente perdera a força e desaparecera. A sensação de que algo se aproximava do fim ainda estava comigo. Acordei...

Todos estes sonhos eu simplesmente tive ao longo de minha vida. E sempre temi pelo final dos tempos, e ainda temo de certa forma. Mas hoje percebi que não se tratava literalmente do final dos tempos. Porque os sonhos nos pregam peças, e minha mãe sempre diz que, de cada vinte sonhos, talvez um ou dois pudesse ser significativos. O final, porém, de que tanto sonhava, era o final de um ciclo em minha vida, o final de um mundo só meu, e que outro estava para começar. Mas deste novo mundo, desta nova vida, nada sei, pois nenhum sonho me mostrou sobre ele, e se tive algum sonho sobre ele, eu não sei dizer... Ainda. Para finalizar este texto que não estava na minha programação para este ano, eu digo que todos os lugares que eu sonhei e que foram ditos acima, todos eles, existem, e todos eles estão no lugar onde estou.
Para o próximo ano, decido planejar não planejar, e sim traçar metas na presença do Senhor.

Por Ronaldo Filho, 04 de dezembro de 2010. Texto escrito às 11h30min.

Agradeço a Deus pela minha família, que sempre esteve do meu lado; minha Mãe, que é a minha Matriarca, pessoa que sempre me aconselhou e apoiou minhas idéias, bem como meu Pai, o Patriarca, guerreiro e batalhador, alguém que eu realmente tomo como inspiração, e minha irmã, que sempre está ao meu lado nos piores e melhores momentos, a Princesa de Deus.
Rogério, agradeço pelas palavras que trocamos, você realmente disse coisas magníficas sobre Deus que com certeza vão mudar a minha vida.
Rafael e Liz, agradeço a presença de vocês em minha vida.

11 de dezembro de 2010

22º Texto - Um mergulho nas sombras

Meu coração batia feito tambores em época de carnaval.
Haviam dois olhos flamejantes me perseguindo.
Respirei fundo.
Não podia acreditar que estava fugindo.
Prendi a respiração.
E antes que o ataque se repetisse...
Mergulhei.

O lago escuro como a noite mais obscura e sem estrelas. Acima de mim uma grande criatura que, pelo seu ódio, fulgurava em seu desejo de morte. Seu golpe havia me acertado em cheio, e já ia me faltando ar, quando me recuperei e finalmente mergulhei no lago escuro. Sendo este escuro, a criatura com sede de sangue, do meu sangue, procurou-me. Varreu com seu olhar incansável e não me achou. O lago negro havia me protegido, as sombras haviam me ocultado perante à criatura destruidora de vidas. Enquanto estava emergido na escuridão total de meus pensamentos, envolto de silêncio e solidão, eu olhei para cima, e vi dois grande globos fixarem-se no lago.
O ar já começava a me faltar. Seus dentes brilhavam como chamas enquanto eu observava. Percebi que seu olhar havia se afastado. Voltei para a superfície. O céu estava nublado e os raios caíam aos montes no horizonte. O mesmo horizonte em que vi a criatura recuar. Enfim, estava livre.

Não. Estava errado. Ela voltou seu olhar para mim, como as trevas procuram sanar a luz, seu olhar procurava por uma vida para celar.
Com grande rapidez ela veio. Não podia mergulhar nas trevas, nas sombras, e me ocultar, sendo assim, encarei. Saí do lago de sombras e cheguei à terra firme. Com fé, exaltei. E antes que a criatura tocasse meu corpo, ela explodiu em luzes; seus olhos flamejantes sendo ocultados por uma luz imensa que rasgou o céu naquele dia, e brandindo com ele uma grande força, fazendo da criatura apenas pó. Quando aquilo ocorreu, simplesmente o dia nublado torno-se claro, um dia perfeito e ensolarado, e o lago de trevas transbordava em águas cristalinas e tão puras que podia ver o fundo deste lago.
Acabou. Agora acabou.
Antes que eu pudesse puxar o gatilho, eu fugi; e antes mesmo que fosse para longe, numa fuga covarde e insana, eu encarei, e venci. Glória a Deus!

por Ronaldo Filho, 22º Texto de 2010 escrito às 02:45h.

4 de dezembro de 2010

21º Texto - Caminhos da Vida

Na vida, nunca pensei que tomar uma decisão fosse tão complicada. Entre puxar um gatilho e fugir, ambas as escolhas me levariam a uma unica direção, com a plena consciência de que estaria sozinho no ato da escolha. Bom, sozinho em matéria, porque Deus estaria comigo neste decisão.
Nesta caminhada por terras estranhas e quentes, aprendi a valorizar, a perceber as coisas ao meu redor; aprendi a ouvir e aceitar as situações, por mais doloridas que elas fossem. Fui criança, fui amigo, fui adulto; mas hoje sei que sou mais daquilo que eu acreditava. Sou mais do que eu desejava, e hoje sinto que ainda não sou nada, porque sei que ainda tenho muito o que aprender.

21º Texto escrito 1º dezembro de 2010 às 19:45h.

13 de novembro de 2010

20º Texto - Renovando

Nos apegamos muito às coisas antigas, e quanto mais tempo passamos com elas, mais fazemos parte delas. É possível mudar, então sei que está na hora de abandonar as coisas antigas e acolher as coisas novas, porque na vida tudo pode se renovar. Sei que pode doer, magoar, deixar marcas que o tempo nunca apagará, mas renovar é renascer, renovar é abrir as portas para um caminho diferente. E quando abrimos este caminho, logo nos desapegamos das coisas velhas. Será sofrido, mas sei que depois que tudo isso passar, as lágrimas de tristeza serão lágrimas de alegria.

20º Texto escrito no dia 13 de novembro de 2010 às 15:15
Nota: Composto em poucos minutos ouvindo Shadow Of The Day - Link Park.
por Ronaldo Filho

16 de outubro de 2010

19º Texto - Significado

Vida:
Vangloriar-se Intensamente Da Alegria

Nunca pensei que um dia sonharia tão alto, e que as nuvens fossem ficar debaixo dos meus pés.
Jamais tentei ir tão longe, além da marca da grande chegada.
O impossível torna-se possível, o irreal torna-se real e o sonho converte-se em realidade.
Os segredos estão em cada letra, em cada palavra. Em cada toque, em cada olhar.
Num mundo cheio de horrores e trevas, uma luz dourada aparece e seu redentor nos oferece esta luz.
Eis que chega o momento da vitória. O momento da conquista. Todos aqueles que não acreditavam agora acreditam. Aqueles que nunca choraram de felicidade, hoje choram.
Amo minha vida! E você, ama a sua?

19º Texto escrito por volta de 16:00 do dia 16 de outubro de 2010
por Ronaldo Filho, o autor

11 de outubro de 2010

18º Texto - Paixão

Um rapaz começa a cair no sono, e quando fecha os olhos, ele se vê no meio da escuridão. Um sonho começa...

-Qual o seu nome? - pergunta o rapaz quando vê apenas dois olhos sedutores o observando no meio da escuridão.
-Por hora não é tempo de saber o meu nome - disse a voz suave e feminina, e uma boca vermelho-sangue aparece junto aos olhos.
-Por que você chegou assim? Repentinamente?
-Para domar o seu coração - responde a voz, com um sorriso belo e magnífico, enquanto seus olhos ganham o um brilho.
-Você sabe que isto pode me magoar?
-Sei, mas isto vai depender de você, e não de mim, afinal, eu não sou o amor - a bela voz deixa revelar uma face tão linda e perfeita, de olhos castanhos e cabelos negro, que o rapaz se surpreende.
-Você é bela - opina o rapaz.
-Mas eu sou porque você me vê assim - agora um corpo semi nú de uma bela dama se revela para o rapaz. Seus seios e suas partes íntimas são cobertos por grandes pétalas de rosa vermelha mescladas com seus cabelos negros e grandes, que pareciam flutuar.
-E esta sensação que sinto, é tão boa. O que é?
-Posso dizer que é o amor - desta vez a dama bate as mãos e toda a escuridão se vai, revelando um campo de rosas vermelhas, ao fundo uma montanha de rochas escuras e uma cachoeira cortando-a ao meio. Algumas árvores estavam ali, deixando suas folhas, seus galhos, entrarem no embalo de uma ventania.
-Quem é você, este sensação que provoca em mim o mais íntimo prazer?
-Sou aquilo que você sente pela garota na qual você está interessado - a dama agora ganha vestes, um pano que envolve seu corpo formoso e sensual, um pano de pétalas vermelhas e brancas.
-Como posso distinguir você? - o rapaz se põe de olhos fechados, e começa a flutuar. A bela dama se aproxima dele, como se estivesse debaixo d'água, lentamente até chegar ao pé de seus ouvidos e dizer, como um sussurro:
-Eu sou a Paixão... - ela então o beija na face.

O rapaz acorda e abre os olhos, a garota que ele sente esta paixão ardente acaba de beijá-lo, e ele retribui com outro beijo.
O amor provocado pela Paixão...

18º Texto escrito no dia 11 de outubro de 2010, às 20:16.
por Ronaldo Filho, o autor



18 de agosto de 2010

1º Texto - A Tristeza De Quem Vê O Tempo Passar

É bom saber que estamos bem, que quem amamos nos ama, que aqueles que um dia ficaram para trás, irão voltar em breve. Mas o que me entristece é que o tempo passou, e está rápido. Não adianta implorar, ele não irá mais devagar, porque o tempo nunca teve uma velocidade alterada, sempre foi constante; ele só fica veloz quando não damos atenção às coisas importantes, daí paramos e dizemos: “Nossa, como o tempo passou rápido!”. Triste é quem vê este tempo passar e não fazer nada, pois nem as circunstâncias permitem, mas dentro do meu coração, dos meus pensamentos, alimento algo chamado sonho.
Quando ele estiver farto, irá se tornar realidade.

1º Texto, Escrito no dia 8 de janeiro de 2010.
por Ronaldo Filho, o autor

15 de maio de 2010

13º Texto - THE SEVEN DEADLY SINS

ORGULHO

Com a cabeça erguida, olhar firme e satisfeito, ele se vangloria de seus feitos. Anda com o nariz empinado, seu jeito de andar é cínico. Veste-se como um burguês pomposo, esbanjando muitas riquezas, esnobando quem passa por seu caminho.

INVEJA

Seus olhos são semicerrados e conspiram contra o vizinho, olhando o que ele tem, como se veste e, como se não bastasse, ainda fuxica pelos cantos, praguejando as conquistas do próximo. Ele anda curvado, observando tudo escondido, e quanto mais conquistas, mais seu coração é apertado por uma raiva inexplicável, mas este nada faz por merecer.

IRA

Suas sobrancelhas são cerradas, seu olhar indica fúria. Ele guarda rancor e não perdoa, não se livra deste sentimento. Destrói tudo com facilidade, e um simples ato o deixa furioso. É impulsivo e destrutivo, louco e insano. Veste trapos e se arrasta pelos cantos, e tudo o que ele acumula é o peso do ódio em seu coração.

INDOLÊNCIA

Ela pisca lentamente, olha de um lado, vê uma situação e nada faz. Vê uma oportunidade e deixa para o amanhã, que pode nem chegar. Quando lhe pedem um favor, ele diz que depois fará, ou assim que puder. Não consegue buscar coragem porque nos seus alicerces só há o peso da vagabundagem. Fica sentado todo o dia, olhando e observando. Pode desabar o mundo que ele nada fará.

AVAREZA

Desesperada, só sabe acumular seus ganhos, não reparte o pão com os irmãos, guarda apenas para si, mesmo que se perca com o tempo, mesmo que apodreça, porque para ela, o importante é manter apenas em suas mãos e nunca dividir, nunca compartilhar. A verdadeira tolice, nada mais que um sentimento único, como quem olha apenas para seu umbigo e 'lasquem-se' os outros.

GULA

Quer sempre mais, nunca estará satisfeita até que tenha cada vez mais, o tudo é nada, e o nada é a necessidade de ter mais, e a necessidade de ter mais fica sempre pouca. Ela busca, sempre busca aquilo que quer, mas quando obtêm, quer mais. É gorda e insatisfeita. Pobre coitada.

LUXÚRIA

A última. Tem o corpo esbelto, perfeito, cabelos lisos, longos e negros. A perfeita beleza esculpida em uma casca, apenas uma criatura oca e, acima de tudo, superficial. Não se importa com o mundo, se importa com a aparência, quanto maior sua beleza, maior o ego, maior a vontade de ser a perfeição, quando nada mais é que a pura imperfeição, oca, vazia e insignificante, insustentável e dependente.


por Ronaldo Filho
13º Texto de 2010

14 de maio de 2010

12º Texto - Siga o Caminho da Porta Fechada

Escute a música enquanto você lê (abra-a em uma nova guia).


Estava andando por uma trilha de pedras. Ao lado desta trilha, uma vegetação verde e coberta por gotas de água se espalhava até onde a vista alcançava. Além deste caminho, árvores de caule branco e folhas grandes se espalhavam. Não havia flores, mas havia a pureza, a beleza e a tranquilidade. Os pássaros voavam, cantando um cântico digno de uma recompensa. O vento que, por vezes era forte, fazia as folhas se balançarem, e algumas delas passavam por este caminho, deleitando-se da brisa que o vento carregava até tocar as pedras no chão. O céu era de um azul impecável, o sol brilhava por entre as frestas dos galhos, projetando suas sombras sem formas no meu rosto. Andando por este caminho, encontrei uma porta de madeira sépia, com entalhes magníficos, como se fosse a visão do Paraíso. Não estava aberta. Eu não tinha a chave. Então percebi, não somos donos das chaves, e nunca seremos, porque as portas que abrem em nossas vidas, são por pura permissão de DEUS. Nada pode impedir. Quando ELE ordena que a porta se feche, ela fechará, mas poderás ter a certeza que outra se abriu ou abrirá, e quando ELE ordena que uma porta se abre, ela abrirá. Então, quando avistares uma porta fechada, não pare, não recue ou fuja, muito menos desvie, pois DEUS abrirá esta porta no momento certo de acordo com tuas necessidades, então, siga o caminho da porta fechada, um dia ela se abrirá, e se não abrir, saibas que terás outra chance, saibas que haverão mais portas no seu caminho. Sendo assim, digo Amém!

por Ronaldo Filho

Que os anjos do SENHOR digam Amém!

12 de abril de 2010

11º Texto - INCANDESCENTE

Tão logo me dei conta de que o tempo passou rápido. Me vejo em um mundo perdido, quase sem volta, mas com uma luz chamada esperança, ao fim do caminho. E dentro de mim vivia adormecido um cálice incandescente, apenas com uma chama azul e tão insignificante que não iluminava a escuridão chamada solidão. Assim que abri meus olhos para a luz, para a esperança, algo fez com que esta pequena chama ficasse um pouco maior. A esperança e o desejo de voltar para minhas origens, resultou em uma combustão, e o cálice adormecido se encheu de chamas, chamas de esperança, a esperança de um dia voltar.
E vi que era aquele momento, a hora certa de voltar. Eu disse há um ano: “A chama que nunca se apaga ainda sou eu..., e ela nunca foi tão forte e viva. Agora eu digo: “Estou pronto para voltar, por mais que seja rápido a minha passagem”.

por Ronaldo Filho
11º Texto de 2010

31 de março de 2010

4º Texto - INTENSAMENTE

“Porque quando o destino pergunta, não temos saída, ou escolhemos ou somos escolhidos”! Escolher ou não escolher?, foi a pergunta que eu fiz desde o princípio desta semana. Mas por que escolher? Porque pessoas que não escolhem muito, desejam escolher, e quando chega o dia da escolha, ficam assustadas e simplesmente recuam.

Infelizmente eu recuei e deixei acontecer.

Se escolhesse o primeiro caminho (a resposta sendo não), minha vida mudaria, continuaria com os afazeres de sempre, porém com sentimento de culpa, de arrependimento e alto flagelo.
Se escolhesse o segundo caminho (a resposta sendo sim), eu me sentiria mais feliz, mais dono da minha própria vida.

O dia anterior ao dia da escolha, eu pensei em dizer não, estudando a possibilidade de um sim. E no dia da escolha, no momento final, eu disse não, mas foi em vão. O destino já tinha me escolhido. Não fiquei amedrontado, muito menos impressionado, mas quando vieram os primeiros sinais de que uma nova vida me aguardava, eu realmente vivi intensamente, e vivo até agora. Fui escolhido, mas nem sempre isso é bom.
A fera que nos ronda dia após dia não dorme, então ficarei atento neste novo caminho escolhido para mim!

por Ronaldo filho
4º Texto de 2010.

21 de março de 2010

7º Texto - O OUTRO LADO

Nunca pensei que diria isso, mas hoje sinto como se tudo fosse normal, porque na realidade, não é real. Sinto-me culpado por algo que não fiz, a maldita culpa na qual eu passo dias remoendo, perguntando-me: “Por quê?”. Mas bem, a vida não é assim, eu não posso sentir esta culpa. Então eu fico transitando de um lado para o outro, entre o mundo real e o mundo 'escapista'. Confesso que sou um 'escapista'. Me pego pensando em como seria o outro lado. Algo que nunca havia questionado era: “Isso terá um fim?”; e a resposta veio a mim como um relâmpago: “Sim, isto terá um fim, todo este sofrimento terá um fim, mas você terá que saber o que fazer quando chegar o fim de tudo isto, porque a responsabilidade maior é a sua vida, e você está jogando fora todas as cartas, fechando todas as portas, então abra os olhos, o 'outro lado' não é tão bom assim”. Busquei em meus sonhos a resposta, e quando eu achei que tudo isto fosse o fim, uma lembrança me ocorreu: “Ainda falta um lugar, este não é o último, e sendo este o motivo da sua real depressão, raiva e dor, será tão passageiro quanto um raio; mas ainda falta um lugar, uma música e principalmente - embora você tente ruborizar isso - ainda lhe falta um, um sonho, e este lhe mostrará a porta, o caminho”. Fiquei atônito, de certa forma em pânico, mas uma voz me disse: “Isto não é o fim, não se trata de um fim, embora todas as coisas aqui na Terra tenham um fim, se trata apenas do RECOMEÇO, DO REAL RECOMEÇO DE SUA VIDA!”. O oceano calmo tomou meu coração, mas sempre que me vem na mente estas palavras, ainda fico com medo, mas não terei, pois DEUS me protege, DEUS nos protege, DEUS nos protegerá.

por Ronaldo Filho.
7º Texto de 2010

8 de março de 2010

10º Texto - ABELHA


Meus dedos percorrem a pele mais lisa que já senti. Quando toco sua boca com meus lábios, sinto como se uma chuva fina caísse sobre um descampado. E suas mãos sobre minha cabeça, e eu caído nos seus afagos, o que mais poderia querer?
Teus olhos de cores híbridas me fascinam. Enquanto um é tão verde quanto a selva, o outro é castanho como a rocha, e juntos fazem este olhar fatal me hipnotizar. Mulher, você me encanta em cada ponto, seus cabelos claros contra o vento, suas mãos junto às minhas... isto é tudo o que posso ter, e agradeço por este momento.
O perfume que embalou o final da tarde ficou guardado em sua memória. E aquele momento ficou gravado em minha memória como um filme. Aquela tarde ficou na história, uma história tão íntima e particular que só nós dois temos acesso. Suas risadas eram e são como um canto de um pássaro raro, e sua voz tão limpa e doce, acalma qualquer reação minha, me deixando vulnerável.
Como consegues me deixar assim? E tão longe um do outro ainda me cativar tanto? Você sempre dizia para mim que minhas palavras eram marcantes demais para você, e que você nunca conseguiu dizer coisas tão perfeitas quanto eu, mas te digo algo: minhas palavras não são perfeitas, porque só a sua presença e a sua voz já me conforta, e significa muito mais que um mero poema.
Antes eu dizia: meu Diamante Quebradiço; e depois: meu Diamante Híbrido; e agora eu digo: minha Abelha, que fabrica o mel mais puro que já tomei, não me abandone nunca, porque eu e você sabemos que fomos feitos um para o outro, e que nada nem ninguém poderá mudar isso quando a hora chegar. Você sabe que me ama, e sabe que eu a amo, esteja preparada, porque o destino leva todos a caminhos inimagináveis.

Para minha Abelha, que amo muito, e sempre amarei.

por Ronaldo Filho.
10º Texto de 2010

5 de março de 2010

9º Texto - a dReam, a desire, and Only oNe life to perform them...

Se meu coração e minha mente pudessem me guiar sem meus olhos verem a direção, estaria aí, ao seu lado.
Somente...
... porque um só sonho é o meu limite, e um só desejo é a ordem que me foi imposta, e uma só vida porque é tudo o que eu posso ter no momento.

Por Ronaldo Filho
9º Texto de 2010

1 de março de 2010

8º Texto - SONHO

Abri meus olhos e tudo estava escuro. Ao meu redor, abaixo dos meus pés, tudo, tudo estava na mais absoluta escuridão. Não estava em pé, estava caindo, caindo para uma espécie – ao que me parecia pelo menos – de um abismo escuro e profundo. Uma coisa estranha era que eu conseguia me ver, como se uma luz emanasse em minha direção, mas sua origem era desconhecida, pois olhava para os lados e não via nenhuma luz. Uma grande explosão se faz logo acima, enquanto estou caindo. Aquela explosão gerou um impacto nos meus olhos, pois fiquei tempo suficiente para me acostumar com aquela escuridão abissal. Uma enorme luz se fez, e uma outra explosão, porém de cores, se fez, espalhando-se para os lados. Um enorme círculo de cores vivas se fez, e no meio deste círculo, o céu mais azul que eu já tinha visto estava lá, imponente. Assim que as cores alcançaram o extremo horizonte, uma montanha se revelou ao oeste, várias, aliás. Ao sul uma extensa floresta de um verde rico e vivo. Ao norte estavam os morros, com árvores aleatoriamente espalhadas. Ainda estava muito alto, meu corpo teria que cair ainda mais para tocar aquele chão. Nenhuma nuvem, nenhum sol, por enquanto, pois uma luz forte brilhou no horizonte leste, que era uma incrível planície, que se estendia até abaixo do meu corpo, para onde estava caindo. Eu observei e vi um rio saindo entre as montanhas, que se percorria até a metade da planície, e se dividia em dois; um deles terminando na floresta e o outro desaguando em um rio no meio dos morros. Nuvens começaram a aparecer ao meu redor – estava na altura delas. Eram nuvens claras, tão brancas e meus olhos se fecharam um pouco. Elas cobriram tudo, então não vi mais aquela paisagem. Parei de cair, estava flutuando. O sol que estava nascendo já alcançava o ponto do meio-dia quando as nuvens ficaram cinzas, cada vez mais escuras. Talvez uma chuva, talvez apenas uma pequena ventania. Voltei a cair, mas desta vez estava mais real, e antes que meu corpo fosse envolvido pela magnitude daquelas nuvens, eu simplesmente abri os olhos e vi o teto do meu quarto.
 
Nota: Este não é o sonho citado em alguns Textos atrás, este é apenas um conto imaginário.

Por Ronaldo Filho
8º Texto de 2010

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